DOCUMENTÁRIO • DOCUMENTARY
Bio Estrela
Oliver James Couch
Enquanto incêndios florestais devastam as serras de Portugal, uma pequena equipa empenhada na sua conservação, utiliza o plantio de árvores nativas resistentes ao fogo para combater a destruição. Esta história acompanha as etapas iniciais de um dos projetos de restauração de paisagem mais ambiciosos de Portugal.
As wildfires rages across Portugal’s mountain ranges, a small team of concerned conservationist are using native fires resistant tree planting to fight back. This story follows the early stages of what is one of Portugals most ambitious landscape restoration projects.
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
Oliver James Couch
O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
A minha jornada no cinema não foi pelo caminho clássico. Claro, sempre estive envolvido em trabalhos criativos, mas, para mim, o que realmente me entusiasmava era a pintura e as belas-artes, não o cinema. Depois de uma breve passagem pela universidade a estudar arte, percebi que isso simplesmente não era para mim e, quase instintivamente, mudei para o cinema. Sempre tive câmaras e tive a sorte de receber uma bolsa da minha aldeia para comprar uma câmara quando tinha 17 ou 18 anos. Voltei à universidade para estudar cinema e montei um pequeno estúdio enquanto estava lá, nada de grande, mas fizemos alguns filmes adoráveis e isso ajudou a pagar as despesas da universidade, o que foi um bónus. No início, fazíamos muitos trabalhos gratuitos, filmes de surf, curtas de aventura e mais. Só quando fundei a Here Now Films com o Ed é que os projetos começaram realmente a crescer.
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
O projeto Bio Estrella é uma jornada de três anos que começou durante a COVID. Quando o trabalho começou a escassear, começámos a procurar empresas com as quais gostaríamos de trabalhar e encontrámos uma empresa entusiasmante chamada C Level. O Daren, o fundador, aceitou trabalhar connosco e disse que estava em contacto com projetos em todo o mundo que adorariam ter filmes para apoiar as suas causas. Começámos por fazer alguns projetos gratuitos com o Daren, basicamente para provar que éramos dignos do risco dele nos apresentar. Depois do primeiro filme para a C Level, o Daren ligou-nos com a frase clássica pela qual já é conhecido: “Malta, temos algo especial, acho que vão adorar”, e adorámos mesmo. O Daren foi convidado a trabalhar num projeto em fase inicial para restaurar uma grande extensão de terra nas encostas das montanhas portuguesas, usando o ganho de biodiversidade como principal motor. Ele perguntou-nos se estávamos interessados e o resto é história.
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Esperança de que há pessoas a lutar por esses cantos das nossas áreas selvagens, que não são simplesmente ignorados. Também queremos que as pessoas sintam uma iniciativa própria, de que não precisam ser uma grande organização nem ter muito financiamento para fazer acontecer mudanças.
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Acho que é menos sobre ciência e mais sobre verdade. As pessoas estão cansadas de promessas falsas, ilusões e projetos políticos. Acho que a ciência é menos interessante para muitas pessoas do que gostaríamos de admitir, nós que fazemos filmes sobre ciência. O que as pessoas realmente querem é saber que aquilo em que acreditam e investem o seu tempo tem uma base de verdade.
O que se segue para o ‘Bio Estrela’? Tens algum projeto em mãos?
Atualmente, estamos na fase final de um projeto de um ano para um dos maiores projetos de restauração de áreas selvagens do Reino Unido. Este projeto é focado em turfeiras e no efeito incrível que a sua restauração tem na paisagem em termos de pureza da água, captura de carbono, biodiversidade e resiliência. O filme será lançado até ao final deste ano.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
My journey into film wasn’t the classic route. Sure, I was always into creative work but for me it was painting and fine art not film that was the real exciting medium for me to pursue. Anyway, after a brief stint at University studying art I knew that this just wasn’t for me and I almost instinctively moved across into film. I’d always had cameras and was lucky enough to have received a grant from my local village to buy a camera when I was 17/18. I went back to University to study film and set up my own small studio whilst I was there, nothing huge, but we made some lovely films and helped pay my way through uni which was a bonus. The early days were just heaps of free work, surf films, adventure shorts and more. It wasn’t until I set up Here Now Films with Ed that the projects began to really ramp up.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
The Bio Estrella Project is a three year journey that began in COVID. When work dried up we began searching for companies we’d love to work for and we stumbled across this exciting company called C Level. Daren the founder was up for working together and said he was in contact with projects across the world which would love films for their causes. We began by making a couple of free projects with Daren, basically proving that we were worth risking his reputation by introducing us. After the first film for C Level Daren rang us with the classic line that Daren has become known for “guys we’ve got something special, I reckon you will love it”, and love it we did. Daren had been asked to work on an early stage project to restore a huge swathe of land in the foothills of the portuguese mountains using biodiversity netgain as it’s main driver. He asked if we were interested and the rest is history.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
Hope that there are people fighting for these corners of our wildernesses, that they aren’t just ignored. We also want people to feel a sense of initiative that you don’t need to be a huge organisation or be well funded to make change happen.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
I think it’s less about science and more about truth. People are bored of false summits, fake promises and political projects. I think science is less interesting to many people as those of us who make films about science would like to admit. What they are interested in is knowing that what they believe in and spend their time believing in is founded in truth.
What’s next for ‘Bio Estrela’? Do you have any projects in the works?
We’re currently into the final stages of a year-long project for one of the UK’s biggest wilderness restoration projects. It’s focused on peat bogs and the incredible effect their restoration has on a landscape in terms of water purity, carbon capture, biodiversity, and resilience. The film will be released before the end of this year.