DOCUMENTÁRIO • DOCUMENTARY
Carrying Capacity
Ethan Goldwater
O encontro fortuito entre um engenheiro de computação neurodivergente do Vale do Silício, que sofre de ataques de pânico, e um jovem neurocientista talentoso leva a uma descoberta que aprofunda a nossa compreensão sobre a expressão humana no espectro do autismo
The fortuitous meeting of a neurodivergent Silicon Valley computer engineer suffering from panic attacks and a talented young neuroscientist leads to a discovery that deepens our understanding of human expression across the autism spectrum.
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
Ethan Goldwater
O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
A minha jornada no mundo da realização de filmes começou inesperadamente enquanto ensinava nas escolas públicas de ensino secundário de Nova Iorque. Após estudar jornalismo, acabei por ensinar inglês como segunda língua e aprendizagem socioemocional. Descobri a narrativa visual com uma câmara DSLR que o meu parceiro da altura tinha no nosso loft. A aprender a usar a câmara e a editar no Final Cut Pro 7, comecei a fazer curtas-metragens. Depois de o nosso filme ‘The Last Waterman of Wittman’ ter sido escolhido como Staff Pick no Vimeo em 2011, juntei-me ao Brooklyn Filmmakers Collective em 2012 e fundei a Hover Pictures em 2013, criando conteúdo tanto para organizações sem fins lucrativos como para marcas, enquanto continuava a criar filmes independentes.
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
Carrying Capacity explora a poderosa interseção entre a psiquiatria clínica e a investigação em neurociência de ponta através de uma história humana íntima. Acompanha a conexão inesperada entre um engenheiro informático neurodivergente que luta contra ataques de pânico e uma jovem neurocientista compassiva. O que começou como uma simples interação clínica evoluiu para uma colaboração profunda que faz avançar a nossa compreensão da expressão humana no autismo. A inspiração para o filme veio do desejo de humanizar o complexo mundo da pesquisa em neurociência – mostrar que, por trás da linguagem técnica e do trabalho de laboratório, existe uma história profundamente humana de conexão e compreensão.
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Espero que o público saia com uma apreciação mais profunda pelo lado humano da investigação científica, particularmente na neurociência e saúde mental. Embora o filme aborde tópicos complexos como optogenética e autismo, o âmago está a compaixão e as conexões inesperadas. Quero que os espectadores compreendam que a investigação inovadora muitas vezes começa com simples interações humanas e uma curiosidade genuína sobre as experiências dos outros. Mais importante ainda, espero que ajude a deixar cair a estigmatização de conversas sobre neurodiversidade e saúde mental, estabelecendo ligações entre os investigadores, clínicos e as pessoas que inspiram o seu trabalho.
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Acredito que a ciência tem vindo a receber mais atenção nos filmes e festivais porque estamos a viver numa era em que os avanços científicos estão a remodelar rapidamente a nossa compreensão de nós próprios e do mundo à nossa volta. Particularmente na neurociência e na saúde mental, estamos a assistir a descobertas que de alguma forma tocam a vida de todos. Os filmes oferecem uma forma única de tornar conceitos científicos complexos acessíveis e relacionáveis, ao focarem-se nas histórias humanas por trás da investigação. Além disso, a pandemia global aumentou o interesse público em entender como a ciência funciona e o seu impacto na sociedade. Há uma crescente apreciação por histórias que podem fazer a ponte entre a investigação de ponta e a experiência humana.
O que se segue para o ‘Carrying Capacity’? Tens algum projeto em mãos?
Carrying Capacity abriu oportunidades emocionantes para expansão. Estou entusiasmado por fazer parte de uma equipa maior, com Jessie Kreel a liderar o desenvolvimento tanto de projetos com guião como sem guião. Esta expansão permite-nos explorar estas importantes histórias sobre neurociência e a conexão humana numa escala mais ampla. É excitante ver como estas narrativas sobre ciência e conexão humana ressoam com o público e estamos ansiosos por trazer mais destas histórias à luz.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
My filmmaking journey began unexpectedly while teaching in NYC public middle schools. After studying journalism, I found myself teaching ESL and social emotional learning. I discovered visual storytelling with a DSLR my partner at the time had in our loft. Learning to use a camera and edit on Final Cut Pro 7, I started making shorts. After our short film ‘The Last Waterman of Wittman’ became a Vimeo Staff Pick in 2011, I joined the Brooklyn Filmmakers Collective in 2012 and founded Hover Pictures in 2013, creating both non-profit and branded content while pursuing independent films.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
Carrying Capacity explores the powerful intersection of clinical psychiatry and groundbreaking neuroscience research through an intimate human story. It follows the unexpected connection between a neurodivergent computer engineer struggling with panic attacks and a compassionate young neuroscientist. What began as a simple clinical interaction evolves into a profound collaboration that advances our understanding of human expression in autism. The film’s inspiration came from wanting to humanize the complex world of neuroscience research – to show how behind the technical language and laboratory work, there’s a deeply human story of connection and understanding.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
I hope audiences leave with a deeper appreciation for the human side of scientific research, particularly in neuroscience and mental health. While the film touches on complex topics like optogenetics and autism, at its heart it’s about compassion and unexpected connections. I want viewers to understand that groundbreaking research often starts with simple human interactions and genuine curiosity about each other’s experiences. Most importantly, I hope it helps destigmatize conversations around neurodiversity and mental health by weaving connections between the researchers, clinicians and the people who inspire their work.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
I think science is getting more attention in films and festivals because we’re living in an era where scientific advancement is rapidly reshaping our understanding of ourselves and our world. Particularly in neuroscience and mental health, we’re seeing breakthroughs that touch everyone’s lives in some way. Films offer a unique way to make complex scientific concepts accessible and relatable by focusing on the human stories behind the research. Additionally, the global pandemic has heightened public interest in understanding how science works and its impact on society. There’s a growing appreciation for stories that can bridge the gap between cutting-edge research and human experience.
What’s next for ‘Carrying Capacity’? Do you have any projects in the works?
Carrying Capacity has opened up exciting opportunities for expansion. I’m thrilled to be part of a larger team with Jessie Kreel taking the lead on both scripted and unscripted development. This expansion allows us to explore these important stories about neuroscience and human connection on a broader scale. It’s exciting to see how these narratives about science and human connection resonate with audiences, and we’re looking forward to bringing more of these stories to light.