FICÇÃO • FICTION
Dansrum för en (Dancing on my own)
Amorina Valerie Ahlsell
Um medicamento contra a solidão foi recentemente introduzido no mercado. Alice, uma tímida jovem da cidade, deixa a segurança do seu chatbot para procurar amizade em um filme que levanta a questão: O que define uma doença?
A drug against loneliness has recently been introduced to the market. Alice, a shy city girl, leaves the safety of her chatbot to seek friendship in a film that asks the question: What defines a disease?
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
Amorina Valerie Ahlsell
O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
Sempre tive um grande interesse pela narrativa e foi a história que queria contar que me atraiu para o cinema. Comecei a trabalhar na ideia deste filme há vários anos, mas inicialmente começou como um conto em vez de um filme. No entanto, à medida que escrevia, conseguia visualizar as cenas de forma tão clara que me senti compelida a tentar fazer um filme em vez disso. Este é o meu primeiro filme, e aprendi muito sobre o processo de realização cinematográfica.
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
O filme fala sobre um medicamento para a solidão que foi recentemente introduzido no mercado. Alice, uma jovem que sofre de isolamento involuntário, deixa a segurança do seu chatbot para procurar amizade, apesar de ser constantemente alvo dos anúncios do medicamento. Sempre me fascinou e inspirou a sensação de solidão. Escrevo muito sobre isso, e é também o tema central do filme. Fui inspirada pela pandemia e pelo isolamento que todos experimentamos, assim como pelos avanços tecnológicos e de vigilância que estão a acontecer no mundo atualmente. Penso que vivemos tempos emocionantes e aterrorizantes, pois muitas mudanças estão a ocorrer rapidamente, com potencial para serem muito benéficas ou muito prejudiciais para nós no futuro próximo. Também me inspirei na nossa história médica. Pesquisei muito sobre isso, focando-me em como as doenças evoluem à medida que a sociedade e as expectativas mudam.
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Que não é tão simples determinar o que é uma doença e o que não é; depende da sociedade e não é algo estático. E como queremos que seja o nosso futuro está nas nossas mãos agora.
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Por causa dos tempos em que vivemos, caracterizados por mudanças significativas na vida quotidiana a ocorrer a uma grande velocidade. Cada nova invenção traz consigo vantagens, mas também potenciais desvantagens.
O que se segue para o ‘Dansrum för en (Dancing on my own)’? Tens algum projeto em mãos?
Quanto a Dancing on My Own, espero exibi-lo em mais festivais de cinema. Estou também a trabalhar num novo projeto, um guião para um curta-metragem distópica.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
I’ve always been interested in storytelling, and it was the story I wanted to tell that drew me into filmmaking. I started working on the idea for this film several years ago, but it began as a short story rather than a film at first. However, as I was writing, I could see the scenes so clearly that I felt compelled to try making a film instead. This is my first film, and I’ve learned a lot about filmmaking in the process.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
The film is about a drug for loneliness that has recently been introduced to the market. Alice, a girl who suffers from involuntary isolation, leaves the safety of her chatbot to seek friendship, despite being the constant target of the drug’s advertisements.
I’ve always been very fascinated and inspired by the feeling of loneliness. I write about it a lot, and it is also the central theme of the film. I was inspired by the pandemic and the isolation we all experienced, as well as the technological and surveillance advances happening in the world right now. I think this is an exciting and terrifying time to live right now because many changes are occurring rapidly, which has the potential to be either very helpful or very harmful for us in the near future.
I was also inspired by our medical history. I researched this extensively, focusing on how diseases evolve as society and expectations change.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
That it is not as simple as determining what is a disease and what is not; it depends on society and is not static. And how we want our future to be is in our hands right now.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
Because of the times we live in, characterized by significant changes in everyday life happening at great speed. Every new invention has its upsides, but also potential downsides.
What’s next for ‘Dansrum för en (Dancing on my own)’? Do you have any projects in the works?
As for Dancing on My Own, I hope to show it at more film festivals. I am also working on a new project, a script for a dystopian short film.