DOCUMENTÁRIO • DOCUMENTARY

Dust is a whale, is sunlight

María Casas
Uma baleia existiu há 5 milhões de anos. Mark encontrou o seu esqueleto e decidiu reunir as peças num porão empoeirado do Museu de Ciência de Bruxelas. Um cineasta encontrou Mark e decidiu filmá-lo, a baleia e a poeira. Enquanto estes ossos são montados, como peças de um quebra-cabeças, tentamos imaginar como era a vida há 5 milhões de anos, uma época antes da existência dos humanos, mas em que o mar e o sol já estavam aqui.
A whale existed 5 million years ago. Mark found her skeleton and decided to reassemble the pieces in a dusty basement of the Science Museum in Brussels. A filmmaker found Mark and decided to film him, the whale, and the dust. While these bones are put back together, like pieces from a puzzle, we try to imagine how life was 5 million years ago, a time before humans existed, but the sea and the sun were already here.

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María Casas

O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
Sempre pensei que seria bióloga, porque cresci numa família de cientistas, mas também gostava de arte e sentia que seguir uma carreira artística me daria mais ferramentas para explorar temas científicos de uma forma mais sensível.
Estudei cinema com especialização em animação, gostava de desenhar. No entanto, apaixonei-me rapidamente pelos documentários, quando ajudei uma das minhas melhores amigas a fazer um filme sobre o avô dela que era paleontólogo. Desde então, concentrei-me nos filmes documentais, que me têm dado uma grande liberdade artística para explorar todas as formas e mundos ocultos que encontro.
 
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
Queria filmar um animal que já não existe. Sempre tive muito interesse em usar o cinema como ferramenta para desvendar mundos ou ver o invisível e fiquei a pensar em como um cientista utilizava a sua imaginação e especulação para estudar uma baleia já extinta. Como é que ele visualiza a baleia? Que perguntas lhe faria? Como é que a ciência também pode ser tão aberta à interpretação e à imaginação? A questão principal do filme foi como trazer uma baleia de 5 milhões de anos de volta à vida através de um filme.
 
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Acho interessante que as pessoas tirem algum tempo para pensar sobre a perspetiva do tempo e como tudo está conectado. Quando fiz o filme, queria que o público entendesse a importância desses ossos antigos e empoeirados. Na verdade, 5 milhões de anos não é assim tanto tempo se pensarmos na história do planeta, mas eu ficava arrepiada sempre que estava no porão e percebia como tudo está em constante mudança, mas o sol e o pó estão sempre lá. Não sei se o público sente isso, mas mesmo que não sinta, fico muito feliz que o filme tenha sido exibido e que as pessoas o interpretem de formas diferentes.
 
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
A ciência é incrível. Ela carrega grandes histórias que explicam a origem das coisas. Fico muito contente que cada vez mais realizadores estejam interessados nela, pois a comunicação dessas histórias é extremamente relevante no mundo em que vivemos hoje.
 
O que se segue para o ‘Dust is a whale, is sunlight’? Tens algum projeto em mãos?
‘Dust is a whale, is sunlight’ tem circulado pelo mundo em alguns festivais e espero que continue por mais algum tempo. Tenho dois projetos que estou a desenvolver lentamente. Um em Portugal e outro num lago perto da minha cidade natal, no México.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
I always thought I would be a biologist, as I was raised in a family of scientists, but I also liked art, and I felt that pursuing an artistic career would give me more tools to explore scientific topics from a more sensitive approach.
I studied film with a specialization in animation, as I liked to draw. However, very soon I fell in love with documentaries, as I helped one of my best friends to make a film about her paleontologist grandfather. Since then, I’ve focussed on documentary films, which have given me great artistic freedom to explore all the forms and hidden worlds that I encounter.
 
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
I wanted to film an animal that no longer exists. As I have always been very interested in using film as a tool to uncover worlds or see the unseen, I wondered how a scientist used his imagination and speculation to study an already extinct whale. How does he picture the whale? What questions would he ask her? How can science also be so open to interpretation and imagination? The main question of the film was how to bring a 5 million-year-old whale back to life through a film.
 
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
I think it’s nice to take some time to think about the perspective of time and how everything is connected. When I made the film, I wanted the audience to understand the importance of these old dusty bones. In fact, 5 million years is not long ago if you think about the history of the planet, but I would still feel goosebumps every time I was in the basement and realized how much everything is in constant change, but the sun and the dust are always there. I don’t know if the audience feels this, but even if they don’t, I’m very happy the film has been screened and that people interpret it in different ways.
 
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
Science is amazing. Science carries great stories that explain the origin of things. I’m very happy that more and more filmmakers are taking an interest in it because the communication of these stories is extremely relevant in this world we live in today.
 
What’s next for ‘Dust is a whale, is sunlight’? Do you have any projects in the works?
Dust is a whale, is sunlight has been moving around the world with some festivals and I hope it continues to for some time. I have two projects that I’m slowly developing. One in Portugal and another one in a lake near my hometown in Mexico.
22 NOV
Disponível para visualização durante 24horas • Available for 24 hours
 
Ano • Year : 2023
Duração • Runtime: 21′
País • Country: Belgium
 
Língua • Language: English
Legendas • Subtitles: English
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