DOCUMENTÁRIO • DOCUMENTARY

Farewell, my stomach

Teresa Firmino, Joana Gonçalves
Adeus, meu estômago é uma história de generosidade e humanidade que demonstra o poder da ciência na vida das pessoas. Cruza cientistas, médicos e uma família da região Norte de Portugal na luta contra uma doença rara.
Ana, Isaura e Jorge receberam-nos na sua casa pela primeira vez em Janeiro de 2023, para partilharem generosamente a coragem de Rafael e as despedidas e esperanças que têm vivido.
Desde meados da década de 1990 que as bases genéticas de uma síndrome rara estão a ser investigadas e os cientistas e médicos portugueses do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto têm contribuído para esses avanços. Um exemplo inspirador de como a curiosidade e o empenho dos cientistas, que começam na bancada do laboratório, podem salvar muitas vidas.
Farewell, my stomach is a story of generosity and humanity, which demonstrates the power of science in everyday people’s lives. It features scientists, physicians and a Portuguese family in the North part of the country that are fighting a rare disease.
Ana, Isaura and Jorge welcomed us at their home in January 2023 and shared with great generosity the courage of Rafael as well as their farewells and hopes.
Scientists worldwide are researching the genetic basis of a rare syndrome since the 1990’s. Portuguese scientists and physicians at Institute for Innovation and Research in Health (i3S) – Oporto University have been part of this syndrome research collective effort. An inspiring example of how scientist’s curiosity and endeavour, beginning at the lab, can save many lives.

CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR

Teresa Firmino, Joana Gonçalves

O que vos inspirou a seguir cinema? Como começaram esta vossa jornada?
Joana: Apesar de ter começado a minha jornada jornalística na rádio, comecei a explorar o universo do vídeo e das narrativas multimédia ainda na faculdade, sempre com o sonho de um dia realizar um documentário. No jornal Público, onde trabalho atualmente, tive a oportunidade de explorar ambas as áreas, e este curta-metragem que submetemos ao festival é a minha primeira experiência real de realização de documentário. O que mais me fascina é a combinação da componente criativa do cinema com a narrativa da vida real. O magnífico trabalho de Gabriela Pedro em ilustração e animação é uma adição crucial a este projeto. Algumas das melhores histórias ficcionais que marcam a nossa cultura popular são inspiradas por eventos reais. A realidade em que habitamos possui infinitas histórias para contar, algumas que já aconteceram e esperam ser reveladas, e outras que ainda estão por acontecer e que espero desvendar eu mesma.
 
Como descrevem a premissa da vossa curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
Teresa: Como jornalista de ciência, estava a escrever uma notícia sobre novas descobertas de uma equipa de cientistas portugueses sobre um tipo raro de cancro – o cancro gástrico difuso hereditário. Este tipo de ciência envolve muita genética e uma linguagem incompreensível para não-cientistas. Portanto, durante o processo de escrita desse artigo, a ideia de encontrar famílias portuguesas com as mutações genéticas associadas a este raro cancro começou a tomar forma, com o objetivo de contar as suas histórias em primeira mão. Não apenas encontrar pelo menos uma família portuguesa com este raro cancro gástrico, mas também contar a sua história, nas suas próprias palavras, através de um curta-metragem. Utilizando o poder que os filmes têm, conseguimos expressar melhor a humanidade e as emoções que algumas notícias de ciência carregam. O resultado foi o filme ‘Farewell, my stomach’, que apresenta cientistas, médicos e uma família portuguesa do norte do país que está a lutar contra uma doença rara.
 
Qual é a mensagem que esperam que o público retenha depois de assistir ao vosso filme?
Teresa: O nosso filme conta a história da família de Ana, Isaura e Jorge. É também a história de cientistas portugueses que investigam a base genética de um tipo raro de cancro. No fundo, é um exemplo inspirador de como a curiosidade e o empenho dos cientistas, que começam no laboratório, podem salvar muitas vidas. Esta curta-metragem, que está cheia de ciência mas para o público leigo, demonstra a humanidade e generosidade tanto de cientistas quanto de pacientes na procura de soluções para uma doença rara. Assim, o nosso filme mostra precisamente o poder da ciência na vida das pessoas comuns, fazendo a diferença entre a vida e a morte. Em poucas palavras, a mensagem é sobre o poder da ciência.
 
Porque acham que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Teresa: A ciência está a ganhar mais atenção nos filmes e nos festivais de cinema provavelmente porque as pessoas estão a perceber o quanto a investigação científica é importante para as nossas vidas, até mesmo para a nossa sobrevivência. Estamos rodeados pela ciência, muitas vezes sem nos darmos conta. Hoje em dia, dificilmente conseguiríamos sobreviver nas sociedades modernas sem algum produto da ciência – medicamentos, telemóveis, comunicações, eletricidade, e muito mais. Por outro lado, a desinformação e a má informação científica são uma triste realidade no panorama mediático, especialmente nas redes sociais. Os filmes de ciência e os festivais de cinema são uma excelente forma de mostrar a importância da ciência e como devemos valorizá-la.
 
O que se segue para o ‘Farewell, my stomach’? Têm algum projeto em mãos?
Joana: Além de ter sido partilhado no website do nosso jornal, esta curta-metragem foi recentemente transmitida num dos canais de televisão pública em Portugal (RTP3), e agora no primeiro festival internacional de cinema. Isso enche-nos de alegria e esperança de que a história que contamos nesta curta-metragem alcance o maior público possível. Quanto a futuros projetos, a Teresa e eu já estamos a trabalhar na próxima história, e a nossa equipa multimédia no Público tem dois projetos na fase final de edição. Um deles será o nosso primeiro documentário de longa-metragem.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
Joana: Despite having started my journalistic journey on radio, I began exploring the universe of video and multimedia narratives while still in college, always with the dream of one day directing a documentary. At the newspaper Público, where I currently work, I’ve had the opportunity to explore both fields and this short film we submitted for the festival is my first real experience of documentary filmmaking. Combining the creative component of filmmaking with real-life storytelling is what fascinates me the most. Gabriela Pedro’s magnificent work in illustration and animation is a crucial addition to this. Some of the best fictional stories that mark our popular culture are inspired by real events. The reality we inhabit holds infinite stories to be told, some that have happened and are waiting to be unveiled, and others that are yet to happen and that I hope to unravel myself.
 
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
Teresa: As a science journalist, I was writing a news piece about new findings by a Portuguese team of scientists on a rare type of cancer – the hereditary diffuse gastric cancer. This kind of science involves a lot of genetics and an incomprehensible language for non-scientists. Therefore, during the process of writing that news article, the idea of finding Portuguese families with the genetic mutations present on this rare cancer, in order to tell us their stories on first hand, was also taking shape. Not only find at least one Portuguese family with this rare gastric cancer, but also tell their story, on their own words, on a short film.
By using the power that films have, we could better express the humanity and emotions that some science news stories have. The result was the film Farewell, my stomach, which features scientists, physicians and a Portuguese family in the North of the country that are fighting a rare disease.
 
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
Teresa: Our film is the story of Ana, Isaura and Jorge’s family. It is also the story of Portuguese scientists who are researching the genetic basis of a rare type of cancer. Ultimately, it is an inspiring example of how scientist’s curiosity and endeavour, beginning at the lab, can save many lives. This short film, which is full of science but for lay people, demonstrates the humanity and generosity of both scientists and patients in finding solutions for a rare disease. Thus, our film shows precisely the power of science in everyday people’s lives to make the difference between life and death. In few words, the takeaway messages is about the power of science.
 
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
Teresa: Science is getting more attention in films and film festivals probably because people are realising how important scientific research is for our lives, even for our own survival. We are surrounded by science, even without noticing it. Today, we hardly would survive in the modern societies without some product of science – medicines, cell phones, communications, electricity, and so on. On the other hand, science disinformation and misinformation are a sad reality on the media landscape, especially on social media. Science films and film festivals are a wonderful way of showing the importance of science and how we should treasure it.
 
What’s next for ‘Farewell, my stomach’? Do you have any projects in the works?
Joana: In addition to being shared on our newspaper’s website, this short film was also recently shown in one of Portugal’s public television stations (RTP3), and now at the first international film festival. This fills us with happiness and hopefulness that the story we tell in this short film will reach as large an audience as possible. As for future projects, Teresa and I are already working on the next story, and our multimedia team at Público has two projects in the final editing phase. One of these will become our first documentary feature film.
22 NOV
Disponível para visualização durante 24horas • Available for 24 hours
 
Ano • Year : 2024
Duração • Runtime: 24′
País • Country: Portugal
 
Língua • Language: Portuguese
Legendas • Subtitles: English; Portuguese
O Prémio do Público será entregue à curta-metragem que reunir mais votos da audiência. O botão de voto só estará ativo durante as 24horas em que o filme estiver disponível. Não poderá votar mais do que uma vez no mesmo filme • The Audience Award will be awarded to the short film that garners the most votes from the audience. The voting button will only be active during the 24 hours that the film is available. You cannot vote more than once for the same film.
Para assistir a esta curta-metragem durante o Festival deverá registar-se. A inscrição é gratuita • To watch this short film during the Festival you must register. Registration is free.