DOCUMENTÁRIO • DOCUMENTARY
Glimmer
Ken Rischard
A indústria siderúrgica foi, em tempos, o que impulsionou a economia do Luxemburgo. Após o declínio da indústria, o que restou foram edifícios desolados e colossais e vidas marcadas por condições de trabalho inseguras. No entanto, para muitos, estes trabalhos perigosos ainda representavam uma fonte diária de esperança e segurança financeira. Este filme monumental ergue-se em memória do trabalho que aconteceu entre quatro paredes de fábrica, documentando, em estilo “memento mori”, o mundo em desaparecimento dos trabalhadores industriais.
The steel industry once put Luxembourg’s economy on its feet. After the industry died out, what remained of it was deserted, colossal buildings and lives scarred by unsafe working conditions. However, for many, these hazardous jobs still represented a daily beacon of hope and financial security. This monumental film stands in the memory of the labor that went on behind four factory walls, documenting in “memento mori” fashion the vanishing world of industrial workers.
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
Ken Rischard
O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
Comecei como guitarrista de jazz e sempre tive muito interesse pela arte audiovisual. Mais tarde, na universidade em Viena, trabalhei em alguns documentários como engenheiro de som e apaixonei-me imediatamente por essa forma de contar histórias. Depois de aprender com outros realizadores, comecei a desenvolver as primeiras ideias para Glimmer e, pouco depois, produzi o filme. Foi uma produção difícil, pois filmámos durante o primeiro confinamento devido ao coronavírus, com as fronteiras fechadas e sob regras nacionais rigorosas que tivemos de seguir.
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
Glimmer é uma memória coletiva de um passado quase esquecido. O filme explora o mundo emocional dos antigos trabalhadores, em vez de se focar em factos. A ideia inicial surgiu há muito tempo, penso que em 2014, quando estava a filmar um documentário na parte oriental da Alemanha. Estávamos a visitar fábricas antigas e abandonadas e pensei: se estas paredes pudessem falar. E foi assim que a ideia nasceu.
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Acho importante não esquecer o passado, pois ele tende a repetir-se e ainda temos muito a aprender com ele.
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Penso que a ciência está a ganhar mais atenção devido ao envolvimento da tecnologia de IA. O próprio cinema sempre esteve ligado à ciência. Se voltarmos aos primeiros pioneiros, filmar foi inicialmente uma experiência científica para tentar captar o movimento em imagem. Por isso, acho que devemos aprender a implementar a ciência e a tecnologia no nosso processo de realização.
O que se segue para o ‘Soulmate’? Tens algum projeto em mãos?
Atualmente, estou a preparar outros dois documentários em diferentes países. Um deverá ocorrer em El Salvador e é sobre sonhos em ambientes hostis. O segundo é um documentário histórico no Luxemburgo sobre a greve geral de 1942.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
I’ve started out as a jazz guitarist and was always very interested in audio visual art. later on at the university in Vienna I was doing a couple of documentary films as a sound engineer and immediately fell in love with that medium of storytelling. After learning from other directors I started with my first ideas for GLIMMER and soon after produced it. It was a rough production since we were shooting in the first lockdown during Corona and all the borders were closed and due to the national regulations we had to follow some strict rules.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
GLIMMER is a collective memory of an almost forgotten past. The film pursues the emotional world of former workers rather than trying to present facts.
the initial idea began a long time ago, i think in 2014, when I was shooting a documentary in the Eastern part of Germany. We were visiting old forgotten factories and back than I thought: If only these walls could talk. And that’s how it came about.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
I think it is important to not forget the past because it keeps on repeating itself and we can still learn a lot from it.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
I think science is getting more attention due to the involvement of AI technology. And the medium film as such was always connected to science. If we think back to the first pioneers. It was an scientific experiment to try to catch movement on camera. so therefore I think that we should learn how to implement science and technology into our process of filmmaking.
What’s next for ‘Glimmer’? Do you have any projects in the works?
I am currently preparing 2 other documentaries in different countries. One is hopefully going to take place in El Salvador and is about dreams in an hostile environment. the secon one is a historical one in Luxembourg about the general strike in Luxembourg in 1942.