ANIMAÇÃO • ANIMATION

I’m Fine

Weronika Trzpis
“I’m Fine” é uma história muito pessoal sobre lidar com a depressão, a ansiedade e a interminável jornada de cura. É sobre as lutas diárias para nos mantermos à tona, para alcançar alguma estabilidade. Atualmente, muitas pessoas enfrentam problemas de saúde mental e considero fundamental falar sobre este assunto para combater o estigma que o rodeia. Para que as pessoas se sintam menos sozinhas nas suas batalhas. Através de uma série de metáforas visuais, pretendo explicar os sintomas da depressão e da ansiedade a quem nunca experienciou estas questões.
“I’m Fine” is a very personal story about dealing with depression, anxiety and the never ending healing journey. It is about every day fights to keep oneself above water, to reach stability. Nowadays a lot of individuals struggle with mental health issues and I find it crucial to talk about this matter to fight stigma around the subject. To make people feel less alone with their battles. Through series of visual metaphores I aim to explain depression and anxiety symptoms to people who never experienced such issues.

CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR

Weronika Trzpis

O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
Sempre adorei animação e a forma como ela dá vida às histórias. Um dia, ao ver um filme animado lindíssimo chamado Song of the Sea, dirigido por Tomm Moore, pensei para mim mesma – eu quero fazer isto. Quero tornar-me animadora e criar filmes de animação. Depois disso, escolhi continuar os meus estudos na University of Central Lancashire, onde recebi um Master of Arts em Animação com distinção. O filme I’m Fine foi um projeto que desenvolvi ao longo do curso.
 
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
Acredito que as melhores histórias são as que se baseiam na honestidade, em experiências reais, sejam nossas ou de outras pessoas. Como alguém que lidou com depressão e ansiedade durante toda a vida, senti que queria fazer um filme para pessoas como eu. Trata-se dessa jornada de cura interminável, das lutas mentais diárias e da esperança. Esperança de que, mesmo nesta realidade sombria, ainda existem coisas bonitas na vida cotidiana. Para mim, uma dessas coisas é a minha gata, que é o meu raio de sol e de esperança. Acredito verdadeiramente que os animais têm um poder de cura. I’m Fine também aborda o tema da autolesão, mostrando que há outras formas de lidar com sentimentos difíceis. Sinto que o tema da autolesão carrega muito estigma e vergonha. Quis confrontar o público que nunca passou por estes problemas com este lado sombrio da saúde mental.
 
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Espero sinceramente que o meu filme faça com que as pessoas se sintam menos sozinhas nas suas experiências. Que percebam que não são as únicas a enfrentar dificuldades, que têm algo com o qual se podem relacionar e mostrar que alcançar a estabilidade mental já é suficiente. A recuperação não é linear; mesmo que recaia – está tudo bem. Faz parte da jornada. E, por vezes, quando a ideia de estar saudável de novo parece inatingível, é aceitável focar-se apenas em sobreviver. Porque o mundo é um lugar melhor com a tua presença. Além desta mensagem, o meu objetivo foi educar pessoas que não experienciaram problemas de saúde mental para que compreendam os sintomas e as lutas diárias de quem os enfrenta. Espero que este filme traga mais compaixão.
 
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Sim, absolutamente! No ano passado, tive o grande prazer de fazer um estágio em animação a trabalhar no curta-metragem No One is an Island, dirigido por David Bunting. Este projeto aborda as alterações climáticas, e os visuais impressionantes são também apoiados por ciência. Acho que é a melhor forma de educar as pessoas e trazer esperança de que, se trabalharmos todos juntos, ainda podemos fazer mudanças e tornar o mundo um lugar melhor.
 
O que se segue para o ‘I’m Fine’? Tens algum projeto em mãos?
Essa é uma pergunta difícil! Espero que I’m Fine consiga alcançar cada vez mais pessoas! Até agora, não tenho outros projetos de filmes em produção, mas estou focada em desenvolver a minha própria marca, a Silly Cat Studio, onde crio ilustrações fofas e aconchegantes na esperança de trazer mais alegria ao dia-a-dia. Planeio continuar a contar as histórias da minha vida, com a esperança de encontrar conexões significativas com pessoas que também se identifiquem com as minhas experiências e construir uma rede de apoio em torno do meu trabalho.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
I have always loved animation and the way it brings stories to life. One time I was watching an absolutely beautiful animated film called “Song of the Sea” directed by Tomm Moore and that is when I thought to myself – I want to do this. I want to become an animator, to make animated films. After that I chose to continue my education at University of Central Lancashire where I was awarded Master’s of Art in Animation with distinction. Film “I’m Fine” was a project that I did through the course.
 
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
I believe that the best stories are the ones based on honesty, on true experiences either our own or the ones that belong to other people. As a person who has struggled with depression and anxiety my whole life, I felt like I would like to make a film for people like myself. It is about this never ending healing journey, about everyday mental fights and about hope. Hope that even in this dark reality, there are still beautiful things in everyday life. For me one of these things is my cat, she is my sunshine and ray of hope. I truly believe that animals can be healing. “I’m Fine” is also touching on the subject of self-harm and showing that there are other ways of dealing with difficult feelings. I find that especially the subject of self-harm bears lots of stigma and shame around itself. My aim was to face the audience who never experienced such issues with this dark side of mental health struggles.
 
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
I truly hope that my film will make people feel less alone with their experiences. That they’re not the only one facing difficulties, that they have something to relate to and to show that reaching mental stability is enough. Recovery isn’t linear, even if you relapse – it’s okay. It is part of the journey. And sometimes when the idea of being healthy again seems unattainable, it is okay to just focus on just staying alive. Because the world is a better place with you in it. On top of that message, my aim was to educate people who have not experienced mental health issues to understand the symptoms and everyday life struggles of people who do. I hope that this film will bring more compassion.
 
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
Yes, absolutely! Last year I had the great pleasure to have an animation internship working on the short animated film “No One is an Island” directed by David Bunting. This project is talking about climate change, and the stunning visuals are supported by science as well. I think it is the best way of educating people and bringing hope that if we all work together we can still make change and make this world a better place.
 
What’s next for ‘I’m Fine’? Do you have any projects in the works?
That is a really tough question! I hope that “I’m Fine” can reach more and more people! So far I don’t have any more film projects in the making for the time being, but I do focus my attention into building my own brand, Silly Cat Studio where I create cute and cosy illustrations hoping to bring more joy into everyday life. I plan to keep telling my life stories in hope of finding meaningful connections, of people who also relate to my experiences and to build a support network around my work.

 

21 NOV
Disponível para visualização durante 24horas • Available for 24 hours
 
Ano • Year : 2023
Duração • Runtime: 4′
País • Country: Poland
 
Língua • Language: English
Legendas • Subtitles: English; Portuguese
O Prémio do Público será entregue à curta-metragem que reunir mais votos da audiência. Não poderá votar mais do que uma vez no mesmo filme • The Audience Award will be awarded to the short film that garners the most votes from the audience. You cannot vote more than once for the same film.
Para assistir a esta curta-metragem durante o Festival deverá registar-se. A inscrição é gratuita • To watch this short film during the Festival you must register. Registration is free.