FICÇÃO • FICTION
PHOBIA
YooSang Han
No início do verão de 2015, um homem, uma mulher e um estudante do ensino secundário estão num elevador de um apartamento. E o som de tosse sob a máscara no meio do silêncio subtil…
MERS, estivemos em guerra durante 70 dias. Não foi uma guerra contra o vírus, mas uma guerra entre a verdade e a mentira, a fé e a descrença. Mesmo que a guerra contra o vírus acabe, será que a verdadeira guerra pela qual passamos algum dia terminará?
In the early summer of 2015, a man, a woman, and a high school student in an elevator in an apartment. And the coughing sound in the mask in the middle of the subtle silence…
MERS, we were at war for 70 days. It was not a war against the virus, but a war between truth and lies, faith and disbelief. Even if the war against the virus ends, will the real war we have been through ever end?
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
YooSang Han
O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
A minha jornada no cinema começou com uma curiosidade sobre a natureza humana. Observar como as pessoas reagiam a crises sociais, como o MERS, fez-me perceber que o cinema podia ser mais do que apenas um meio de contar histórias; poderia ser uma ferramenta para explorar as profundezas da psique humana. Viver e experienciar a vida em Chongqing estimulou a minha criatividade, e eu queria dar vida a essas ideias no meu primeiro filme.
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
O meu filme Phobia decorre no contexto da crise do MERS, explorando a natureza humana dentro do espaço confinado de um elevador. Não é apenas uma história sobre a luta contra um vírus, mas uma história sobre o conflito entre a verdade e a mentira, a fé e a descrença. Reflete o impacto psicológico e social que doenças infecciosas como o MERS e a COVID-19 têm tido na sociedade moderna.
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
Com Phobia, espero que o público perceba que o medo existe não só como uma ameaça externa, mas também dentro de nós, frequentemente levando a conflitos sociais. Quis mostrar que a verdadeira “guerra” pode persistir mesmo depois do vírus ter desaparecido. Espero que o meu filme ajude as pessoas a perceber a importância da compreensão mútua e da confiança.
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Questões científicas, como doenças infecciosas, têm um impacto social significativo, e representá-las através do cinema torna-as mais acessíveis para o público. Histórias sobre doenças infecciosas conectam-se diretamente com as nossas vidas e evocam reflexão profunda e empatia, para além dos factos científicos. Temas científicos nos filmes vão além de um mero pano de fundo; interagem com a vida humana de formas significativas.
O que se segue para o ‘Phobia’? Tens algum projeto em mãos?
Phobia continuará a ser exibido em vários festivais de cinema e estou a usar esta experiência como base para o meu próximo projeto. Atualmente, estou a trabalhar num novo filme que explora a natureza humana. Como estudante internacional em Chongqing, pretendo trazer mais diversidade e profundidade ao meu trabalho, continuando a realizar filmes que ressoem com o público em todo o mundo.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
My journey in filmmaking began with a curiosity about human nature. Observing how people respond to social crises like MERS made me realize that film could be more than a storytelling medium; it could be a tool to explore the depths of the human psyche. Living and experiencing life in Chongqing stimulated my creativity, and I wanted to bring these ideas to life in my first film.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
My film Phobia is set against the backdrop of the MERS crisis, exploring human nature within the confined space of an elevator. It’s not simply a story about fighting a virus, but rather a story of the conflict between truth and lies, faith and disbelief. It reflects the psychological and social impact that infectious diseases like MERS and COVID-19 have had on modern society.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
Through Phobia, I hope audiences recognize that fear exists not only as an external threat but also within us, often leading to social conflict. I wanted to show that the real “war” might persist even after the virus is gone. I hope my film helps people realize the importance of mutual understanding and trust.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
Scientific issues like infectious diseases have a significant social impact, and portraying them through film makes them more accessible for audiences. Stories about infectious diseases directly connect to our lives and evoke deep reflection and empathy beyond scientific facts. Scientific themes in films go beyond mere background; they interact with human life in meaningful ways.
What’s next for ‘Phobia’? Do you have any projects in the works?
Phobia will continue to be screened at various film festivals, and I am using this experience as a foundation for my next project. I’m currently working on a new film that explores human nature. As an international student in Chongqing, I aim to bring more diversity and depth to my work, continuing to direct films that resonate with audiences globally.