EXPERIMENTAL • EXPERIMENTAL
pill
Marionet Associação Cultural
“pill” deriva do espetáculo “iMaculada”, no qual desenvolvemos uma reflexão sobre a contraceção.
98% das vezes que usamos a palavra “pill” referimo-nos à pílula contraceptiva, um uso que se tornou generalizado devido à importância deste método contraceptivo na nossa sociedade.
“pill” é um jogo de construção de significados, no qual as palavras ganham destaque. Elas são mastigadas, digeridas e devolvidas, funcionando como um elo de comunicação entre pessoas. Pessoas que inventam, experimentam e (re)produzem — com a pílula, uma reprodução mais controlada, já que este comprimido lhes deu o poder de decidir sobre a procriação.
“pill” derives from the show “iMaculada”, in which we developed a reflection on contraception.
98% of the time we use the word “pill” we are referring to the contraceptive pill, a usage that has become widespread due to the importance of this method of contraception in our society.
“pill” is a game of constructing meanings, in which words gain prominence. They are chewed, digested and returned, as a communication link between people. People who invent, experiment and (re)produce — with the pill, a more controlled reproduction, because this tablet gave them the power to decide about procreation.
O que vos inspirou a seguir cinema? Como começaram esta vossa jornada?
A companhia de teatro Marionet decidiu criar pequenos filmes curtos relacionados com ciência destinados a plataformas digitais, depois do período de confinamento relacionado com a COVID, em que os teatros estiveram fechados e havia a proibição de eventos com o público “em presença”. Este acontecimento levou a que decidíssemos expandir a nossa atividade de cruzamento entre teatro e ciência também para suportes digitais.
Como descrevem a premissa da vossa curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
A pílula anticoncepcional teve um impacto social enorme, permitindo às mulheres um maior controlo sobre a sexualidade e o planeamento familiar. Há quem considere a Pílula uma das maiores invenções do século XX, no entanto, a história da sua conceção será pouco conhecida. Este filme curto pretende ser uma reflexão sobre a importância histórica da Pílula, a sua relevância social, e os desenvolvimentos que têm (e não têm) ocorrido, desde a sua invenção, no que concerne a métodos de contracepção.
Qual é a mensagem que esperam que o público retenha depois de assistir ao vosso filme?
Esperamos que o filme desperte reflexões sobre a enorme transformação social e contributo para a emancipação feminina que a invenção e comercialização da Pílula trouxe.
Porque acham que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Uma das razões pode ser o impacto crescente que a ciência tem nas nossas vidas. Nesse sentido, é natural que surja cada vez mais frequentemente representada em filmes e outras formas de comunicação. Outra razão pode ser o crescente investimento em comunicação que as instituições científicas vêm fazendo nas últimas décadas, e que se vem traduzindo numa maior exposição pública da investigação e desenvolvimentos científicos em variados suportes de comunicação.
O que se segue para o ‘pill’? Têm algum projeto em mãos?
O Pí.lu.la está integrada no projeto Marionet Digital, que tem criado uma série de vídeos curtos sobre temas das Ciências da Saúde, pensados especificamente para difusão em plataformas online. Após o Pí.lu.la já realizámos mais dois filmes curtos — Tripolar, sobre a doença bipolar, e Corpo, Sou Eu, sobre artrite reumatóide, e pretendemos continuar com este projeto, divulgando outras temáticas, por agora, focadas em Ciências da Saúde.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
The Marionet theatre company decided to create short films related to science for digital platforms after the COVID lockdown period, when theatres were closed, and there was a ban on in-person events. This event led us to expand our cross-disciplinary activities between theatre and science into digital formats.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
The contraceptive pill had a huge social impact, giving women greater control over sexuality and family planning. Some consider the Pill one of the greatest inventions of the 20th century; however, the story of its conception is little known. This short film aims to reflect on the historical importance of the Pill, its social relevance, and the developments (and lack thereof) that have occurred since its invention in terms of contraception methods.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
We hope the film sparks reflections on the enormous social transformation and the contribution to women’s emancipation brought about by the invention and commercialization of the Pill.ages is about the power of science.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
One reason may be the increasing impact science has on our lives. In this sense, it is natural that it is more frequently represented in films and other forms of communication. Another reason is the growing investment in communication that scientific institutions have been making over the past few decades, which has led to greater public exposure of scientific research and developments through various communication platforms.
What’s next for ‘pill’? Do you have any projects in the works?
Pill is part of the Marionet Digital project, which has created a series of short videos on health science topics, specifically designed for online platforms. After Pill, we have made two more short films—Tripolar, about bipolar disorder, and Corpo, Sou Eu, about rheumatoid arthritis—and we plan to continue this project, sharing other topics, for now focusing on health sciences.