FICÇÃO • FICTION
Skinless
Estibaliz Villa, Erik Campos
Após uma catástrofe ambiental, os únicos sobreviventes vivem abrigados, usando o biodermis, um fato que lhes permite sobreviver, mas não lhes permite sentir o toque. Depois de anos em confinamento, Nora e Dani decidem sair.
After an environmental catastrophe, the only survivors left live sheltered wearing the biodermis, a suit they can survive with but doesn’t allow them to feel touch. After years of lockdown, Nora and Dani go outside.
CONHECE O REALIZADOR • MEET THE DIRECTOR
Estibaliz Villa, Erik Campos
O que vos inspirou a seguir cinema? Como começaram esta tua jornada?
Estibaliz vem de um background teatral, com 20 anos de experiência a atuar, escrever e dirigir produções de palco. Ela sempre procurou formas diferentes de contar histórias e explorar novas formas de expressão, por isso, a transição para a realização de filmes pareceu um passo natural na sua jornada criativa. Desde jovem, Erik é apaixonado por cinema e pelo mundo audiovisual e estudou realização de cinema, especializando-se em escrita para filmes de terror, fantasia e ficção científica. Para ele, esses filmes são uma forma de explorar emoções intensas e mundos imaginativos, conectando-se com o público a um nível visceral. Ele escreveu e dirigiu os curtas premiados “Si te mueres, te mato” (2021) e “Conchita” (2023). A nossa jornada no cinema começou juntos como colegas de escola de cinema. Foi lá que nos conhecemos e rapidamente formámos uma forte conexão. Com as nossas perspetivas contrastantes — a abordagem mais racional de Erik e a abordagem mais emocional de Estibaliz — construímos uma grande parceria. Percebemos logo o nosso potencial para nos complementarmos e, através da comunicação aberta, aprendemos a partilhar uma visão comum
Como descrevem a premissa da vossa curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
“Skinless” é uma história nascida de uma premissa de ficção científica: após uma catástrofe ambiental, os únicos sobreviventes vivem confinados em fatos que impedem o toque físico. Dois sobreviventes decidem rasgar os seus fatos e tocar-se pela última vez. A inspiração para isto surgiu durante a pandemia, quando começámos a preocupar-nos com a direção que a sociedade poderia tomar.
Qual é a mensagem que esperam que o público retenha depois de assistir ao vosso filme?
Esperamos que o público experimente esta história através da perspetiva de Nora e saia do cinema a refletir sobre a profunda importância do toque nas nossas vidas e nas formas como nos conectamos com os outros.
Porque acham que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Acreditamos que a ciência é um tema que explora os limites da experiência humana e nos desafia a repensar a forma como vemos o mundo.
O que se segue para o ‘Skinless’? Têm algum projeto em mãos?
“Skinless” está agora em processo de distribuição e esperamos que chegue ao maior número possível de espectadores. O nosso objetivo é que a curta-metragem seja exibida e apreciada pelo público — é para isso que fazemos filmes. No que diz respeito aos nossos projetos pessoais, Estibaliz está atualmente em pré-produção para a seu próximo curta-metragem, “Zuloak”, uma história sobre duas mulheres que consertam redes nos anos 1970 e que decidem explorar os seus desejos mais profundos. Erik está à procura de financiamento para a seu próximo curta-metragem, “The Latent Rain”, que conta a história de como a dor de perder um ente querido se manifesta.
What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
Estibaliz comes from a theater background, with 20 years of experience acting, writing, and directing stage productions. She’s always looked for different ways to tell stories and explore new forms of expression, so moving into filmmaking felt like a natural next step in her creative journey.
Passionate about film and the audiovisual world from a young age, Erik studied film directing specializing in horror, fantasy, and sci-fi screenwriting. For him, these films are a way to explore intense emotions and imaginative worlds, connecting with audiences on a visceral level. He wrote and directed the award-winning short “Si te mueres, te mato” (2021) and “Conchita” (2023).
Our journey in filmmaking began together as classmates in film school. That’s where we met and quickly formed a strong connection. With our contrasting perspectives —Erik’s more rational approach and Estibaliz’s more emotional one— we built a great partnership. We soon realized our potential to complement each other and, through open communication, we learned to share a common vision.
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
“Skinless” is a story born from a sci-fi premise: after an environmental catastrophe, the only survivors live confined to suits that prevent them from feeling physical touch. Two survivors decide to tear off their suits and touch each other for the last time. The inspiration for this came during the pandemic, when we began to worry about the direction society could take.
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
We hope audiences experience this story through Nora’s perspective, and leave the theater reflecting on the profound importance of touch in our lives and in the ways we connect with others.
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
We believe science is a subject that explores the limits of human experience and challenges us to rethink the way we see the world.
What’s next for ‘Skinless’? Do you have any projects in the works?
“Skinless” is now in the distribution process, and we hope it reaches as many viewers as possible. Our goal is for the short film to be screened and enjoyed by audiences—that’s why we make films.
As for our personal projects, Estibaliz is currently in preproduction for her next short film, “Zuloak”, a story about two women net-menders in the 1970s who decide to explore their deepest desires. Erik is seeking financing for his next short film, “The Latent Rain”, which tells the story of how the pain of losing a loved one manifests.