FICÇÃO • FICTION

The Experiment

Aurélien Peilloux
Camille (25), uma estudante de antropologia, tem dificuldades em recuperar da sua recente separação e está a abusar de ansiolíticos. Numa noite, quando está à beira de um colapso, vai ter com a sua melhor amiga, uma neurocientista, em busca de ajuda. Comovida pela sua angústia, a amiga finalmente aceita experimentar em Camille o dispositivo revolucionário que está a desenvolver para tratar a ansiedade.
Camille (25), an anthropology student, has trouble recovering from her recent breakup and is abusing anxiolytics. One evening, as she is at the verge of breaking down, she goes to her best friend, a neuroscientist, for help. Touched by her distress, the friends finally accepts to try on Camille the experiment she is working on: a revolutionary device to treat anxiety.
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Aurélien Peilloux

O que te inspirou a seguir cinema? Como começou esta tua jornada?
Muitos motivos! Eu era cientista, trabalhando como investigador no Instituto Curie em Paris. Mas estava cada vez menos envolvido no mundo da investigação: a competição entre laboratórios, a luta para conseguir financiamento, a maneira como a maioria dos investigadores abordavam as coisas de forma tão cerebral e sem emoção… Descobri o cinema durante um estágio em física quântica no Japão e apaixonei-me completamente. No final, decidi dedicar-me à realização de filmes e inscrevi-me numa escola de cinema. Mesmo assim, não deixei completamente o mundo da investigação, pois tive a sorte de fazer um doutoramento sobre o processo criativo enquanto estudava cinema. Agora, continuo encontrando maneiras de combinar estas duas paixões. Acho que foi assim que a minha jornada começou.
 
Como descreves a premissa da tua curta-metragem? Qual foi a inspiração para a história?
A inspiração veio de uma lembrança da física quântica: e se um pensamento, uma ideia, algo virtual e não material, pudesse realmente ter um impacto no mundo físico real? Em pouco tempo, criei a personagem de uma estudante de doutoramento que experimenta algo assim: ela se convence de que um “sonho” que teve é responsável por uma tragédia vivida pelo seu (ex) namorado. Então, tive que escrever o filme e descobrir como construir a história… Mas a primeira imagem realmente foi essa: uma sonhadora de pijama, perdendo-se entre vários níveis de sonho.
 
Qual é a mensagem que esperas que o público retenha depois de assistir ao teu filme?
O meu primeiro objetivo foi que o público se divertisse com um filme que os levasse a um mundo de visões inusitadas. Mas rapidamente a configuração (uma experiência científica) também me pareceu realmente intrigante. Hoje, com os headsets de VR e os diferentes metaversos desenvolvidos pelas grandes empresas de tecnologia americanas, existe essa ideia de aceder a mundos paralelos. Então, é melhor escapar “para a matrix” ou enfrentar seus problemas e dores no mundo real? Essa é a mensagem que espero que o público leve consigo.
 
Porque achas que a ciência está a receber mais atenção dos cineastas e festivais de cinema atualmente?
Acho que a ciência sempre teve algo fascinante. É também um pilar fundamental das nossas sociedades, que dependem inteiramente do progresso científico… Entendo por que isso pode ser impressionante, até intimidador, mas também cativante. O cinema lida com emoções e a ciência é um campo emocionante para explorar.
 
O que se segue para o ‘The Experiment’? Tens algum projeto em mãos?
Acabei de finalizar o guião da minha primeira longa-metragem, que segue a jornada de uma jovem estudante de doutoramento em química, enquanto ela descobre o mundo da invetsigação, com todos os seus altos e baixos. Acho que estou a contar a minha própria história!

What inspired you to pursue filmmaking? How did your journey begin?
Many reasons! I was a scientist, working as a researcher at the Curie Institute in Paris. But I was getting less and less into the research world : the competition between labs, the struggle to get funding, the way most researchers approached things in such a cerebral and emotionless way… I first discovered cinema during an internship in quantum physics in Japan, and I completely fell in love with it. In the end, I decided to go into filmmaking and signed up for a film school. Still, I didn’t completely leave the research world because I was lucky enough to do a PhD on the creative process while studying film. Now, I keep finding ways to combine these two passions. I guess that’s how my journey began.
 
How do you describe the premise of your short film? What was the inspiration behind the story?
The inspiration came from a memory of quantum physics: what if a thought, an idea, something virtual and non-material, could actually have an impact on the real, physical world? Pretty soon, I came up with this character of a PhD student who would experiment such a thing : she becomes convinced that a “dream” she had is responsible for a tragedy experienced by her (ex) boyfriend. Then I had to write the film and to figure out how to build the story… But the first image was really this one: a dreamer in pyjamas, getting lost between several levels of dreaming.
 
What is the takeaway you hope audiences leave with after watching your film?
My first goal was for the audience to have a good time, with a film that takes them into a world of offbeat visions. But pretty quickly, the setup (a scientific experiment) also felt really intriguing to me. Today, with VR headsets and the different metaverses developed by big American Tech companies, there’s this idea of accessing parallel worlds. So, is it better to escape “into the matrix”, or to face your problems and pains in the real world? That’s the takeaway I hope the audience leaves with.
 
Why do you think science is getting more attention in films and film festivals these days?
I think science has always had something fascinating. It’s also a fundamental pillar of our societies, which rely entirely on scientific progress… I get why it can be impressive, even intimidating, but also captivating. Cinema deals with emotions, and science is an exciting field to explore.
 
What’s next for ‘The Experiment’? Do you have any projects in the works?
I’ve just finished writing my first feature film, which follows the journey of a young chemistry PhD student, as she discovers the world of research, with all its highs and lows. I guess I’m telling my own story!
22 NOV
Disponível para visualização durante 24horas • Available for 24 hours
 
Ano • Year : 2023
Duração • Runtime: 18′
País • Country: France
 
Língua • Language: French
Legendas • Subtitles: English, Portuguese
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